segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher...

Acho bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas a única coisa que me desagrada é o sermão do padre. "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?


Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.


Por Raquel Kapps

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde!!!

Por Raquel Kapps


Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere... 

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. 

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde. 

Prazer faz muito bem. 
Dormir me deixa 0 km. 
Ler um bom livro faz-me sentir nova em folha. 
Viajar me deixa tensa antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias. 
Brigar me provoca arritmia cardíaca. 
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago. 
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano. 
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem! 
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, 
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependida de nada. 
Acordar de manhã arrependida do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde! 
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda! 
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna. 
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! 
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca! 
Conversa é melhor do que piada. 
Exercício é melhor do que cirurgia. 
Humor é melhor do que rancor. 
Amigos são melhores do que gente influente. 
Economia é melhor do que dívida. 
Pergunta é melhor do que dúvida. 
Sonhar é melhor do que nada!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

As Pragas do Mundo Moderno

*por AR

Estava voltando para casa depois de um dia particularmente esquisito, em meio a um engarrafamento absurdo, debaixo de chuva, com dezenas de motoristas de ocasião fazendo barbeiragens inacreditáveis na minha frente. 
Pensei em xingar alguns, mas lembrei da minha resolução de não falar palavrões. Pensei em simplesmente largar o carro no meio da rua e sair andando... lembrei do preço nada básico que pago para tê-lo... 
De repente, comecei a pensar sobre as 10 pragas do Egito. Sei lá por que isso me veio à mente, mas daí o pensamento voou para o péssimo motorista do ônibus à minha frente e eu comecei a pensar em quais seriam as pragas do mundo moderno...


Chegando em casa, corri pra pesquisar quais foram as antigas e como elas poderiam ser interpretadas hoje:

A primeira, "Águas em Sangue" seria, sem dúvida, a lama que desce dos morros e encostas e a que vem com as enchentes quando chove como está chovendo nos últimos tempos. Da mesma forma que apavorou os egípcios, nos apavora a cada pingo que cai e a cada promessa de mais chuva... Verdadeiras tragédias! O pior é que sangue de verdade se mistura à esta terra normalmente vermelha...

A segunda: "Rãs"... Bem, tive dificuldade com essa, mas lembrei que as digníssimas têm a língua compriiiida... Muita gente costuma falar demais, comer mosca e, de quebra, tem veneno. São uma praga e tanto em minha opinião...

A terceira: "Piolhos". São parasitas, né?! Incomooodam! E costumam ir pra perto de quem tem mais coisas possíveis de serem sugadas. Existem aos montes (meu avô sempre dizia que monte é de m... então...) Uma praga chata, sem dúvida! E abundante...

A quarta, "Moscas", me lembram os que se sujam até por pouca coisa. São fáceis de serem atraídas, mas difíceis de pegar. Empesteiam todos os lugares em que pousam, inclusive sopas... Já dizia Raul...

Quinta: "Doenças nos Animais". Eu considero animal tudo que não é vegetal ou mineral, assim como meu antigo livro de Ciências e Biologia. E tem doenças absurdas pipocando por aí. Doenças do corpo, da mente, da alma... Doenças criadas por nós. Doenças transmitidas por outrem. Doenças e mais doenças. Mas as mais intoleráveis são as doenças de caráter. Falta de educação, falta de respeito, falta de consideração, falta de compaixão...  Não as tolero pelo simples fato do remédio já vir junto com cada indivíduo. E o babaca não usa...

A Sexta é a "Sarna". Você sabia que a sarna é causada por um pequeno carrapato filho da mãe que vai comendo o que encontra pela frente? E o bicho é desgraçado! Ele é imperceptível a olho nu, mas faz um estrago do caramba. Mas, o que acho ainda mais sinistro, é que o efeito desse monstrinho microscópico só aparece depois que ele aprontou! Alguma semelhança com alguém que você conhece??? É ou não uma praga?

"Saraiva com Fogo"... Esta é a sétima praga. Saraiva significa "chuva de pedras". Então poderíamos traduzir a sétima praga como "chuva de pedras de fogo". Eu pensaria nessas pedras como projéteis de armas de fogo, ou seja: TIROTEIOS. Balas 'perdidas' (nunca gostei desta expressão, pois quem está perdido é o cidadão alvejado por ela), tiros a esmo, guerras de todos os tipos, 'acidentes' com armas de fogo (geralmente envolvendo crianças e adolescentes). Uma triste praga...


"Gafanhotos". A oitava praga aplicada aos tempos atuais é bem ampla... Na verdade, foi nela que pensei enquanto estava passando raiva no trânsito... Já notou como a hora do rush parece um enxame? Cinco minutos antes, as ruas fluem perfeitamente. De repente, pipocam carros de todos os lados, de todas as cores, tamanhos e o pior: com motoristas em vários níveis de stress e habilidade (ou falta de). Gente... trânsito pesado e agarrado é uma praga. E das grandes!


A penúltima, "Trevas", é forte... Aliás, desta praga a humanidade padece desde sempre. Haja visto tantas guerras ridículas, repressão, preconceito... e tudo por babaquice, medo do potencial alheio e ganância. Treva, no mundo de hoje, é a pobreza de espírito que acaba por escurecer o coração dos homens.


A última é a "Morte dos Primogênitos". Nessa eu viajei... Tantas analogias podem ser feitas com esta praga... A morte precoce dos jovens, principalmente os que se envolvem com drogas, tráfico, roubos... Também a de jovens que usam o trânsito para se suicidarem e, muitas vezes, levar outros com eles.
E tem as doenças. Não só as óbvias e mais temidas, como a AIDS; mas também as que chegam ainda mais sorrateiramente, como por exemplo o câncer em quem usa esteroides, as famosas bombas. Conheço o caso de um garoto que, de tanto usar este veneno, morreu de câncer no fígado antes dos 20 anos. Mas não sem antes fazer um estrago na vida dos que o amavam. Nenhum deles será o mesmo... Sempre considerei o que ele fez como um suicídio.


Mas essa última analogia pode ir ainda mais longe! Quantos filhos de pais que não os educam estão condenados a sofrer e a fazer sofrer? A falta de valores nos levará à ruína! E falo de valores que realmente valem, correndo o risco de ser redundante!


Enfim... quer sejam do mundo antigo, quer sejam contemporâneas, as pragas sempre existirão... Não importa a época, a interpretação... Quando os valores inexistem, o mal toma conta. Ou seja: a maior praga de todos os tempos sempre foi O HOMEM!



    Related Posts with Thumbnails