segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tem jeito pra tudo????


Por Ana Raquel


Já notou como as pessoas que nos cercam tem jeito pra tudo que é problema na sua vida? Desde uma espinha a... sei lá... qualquer coisa beeeem ruim, tipo tumor cerebral. Mas com uma condição: tem que ser problema da sua vida, não delas.

Hoje mesmo "sofri a ajuda" de uma dessas pessoas. Meu joelho, que é engalicado desde de um jogo de vôlei na adolescência, começou a dar tilt. E eu toda toda no salto fino em terreno irregular (aliás, façam um mapa pra mim de algum lugar sem buraco nessa cidade peloamordeDeus!!). Pois é... Nem cheguei a falar nada! Bastou uma careta por causa da fisgada e a madame começou a me receitar tudo que era remédio que ela e as 15 gerações que a antecederam tomaram... Nem preciso dizer que não lembro de nenhum sequer. Só da bolsa de gelo. Ou seria de água quente??? Éééé...

Do joelho, a mulher veio subindo com o diagnóstico, passando por dicas de moda e estilo, até que parou em uma pretensa depressão que ela, com sua hiper "sensibilidade", "percebeu" que estou prestes a cair. Menina, fiquei pasma! Não ri na hora porque mamãe sempre fala que é feio debochar dos outros, mas... quequeéaquilomermão???? Ela "olhou através" de mim e, atingindo o fundo do meu eu mais secreto (nessa hora quase tive uma síncope. Prender riso deve causar danos ao coração!), "viu" que eu precisava de ajuda. Claro que precisava! Alguém pra me livrar daquele encosto!

Fiquei lá, meia hora repassando mentalmente minha agenda do dia, pensando na moda do Oriente Médio, tentando descobrir com quantos paus se fazem uma canoa, prestando atenção apenas ao movimento da boca da mulher, pra poder soltar uns sons de concordância quando ela parasse de mexer. Mas aí, eu me lembrei de algo da minha infância que me marcou. Uma coisa que papai fez uma vez em uma situação semelhante. Acho que nessa hora minha expressão até se iluminou, pois minha "salvadora" deu um sorriso pretensioso e me disse que eu já estava melhorando só ao conversar (desde quando um monólogo é conversar??? hahaha) com ela.

Nessa hora, dei meu sorriso mais doce e fiz uma perguntinha simples: "e aí, que-ri-da? Como vai sua vida? Conte-me as novidades."

Olha... nunca uma pessoa se lembrou de um compromisso inadiável, despediu, entrou no carro, deu a partida e saiu tão rápido quanto ela fez. Digno de nota! Vou até procurar no Guinness pra ver se tem. Pena que não cronometrei...

Foi quanto realmente entendi o que papai havia feito. Naquela época, eu perguntei a ele porque o digníssimo em questão havia saído correndo depois que ele inverteu o interrogatório. Papai simplesmente respondeu: simples, filha: as pessoas querem sempre dar conta da sua vida; enquanto isso a delas está uma m&**@. E elas se envergonham disso. Dão conselhos para mascarar a própria incompetência. Falam sobre coisas que elas mesmas acreditam que devem ser feitas, mas não fizeram ou fazem. Ou seja: metem-se na vida alheia e se esquecem de viver sua própria vida! Aí, quando alguém os expõem, eles fogem.

Se tem jeito pra tudo então, porque esses "arautos da sabedoria" não têm uma vida perfeita?

Fica a dúvida pra quem quiser responder...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Olha quem está falando!

Por Ana Raquel

Sábado passado fui comer uma pizza com meu irmão e dois amigos. Quando o garçom estava em nossa mesa, meu irmão me perguntou se eu queria rodízio de pizza ou ia ficar só para fazer companhia, já que eu já tinha jantado. Então eu comecei a falar que, apesar de tudo, eu como bem e não era capaz de recusar uma pizza, já que pizza era pizza, blá blá blá...

Meu irmão ficou me olhando com aquele sorrisinho sacana e me interrompeu no meio do meu super discurso:

"Pô, Quel! É só responder sim ou não!"

Depois de um rápido sim, fechei a boca na hora! Afinal, essa reclamação masculina é recorrente. Porque simplesmente não respondemos o que nos foi perguntado? Porque temos que justificar nossas respostas? Porque temos que fazer uma super introdução para tudo? Porque temos que utilizar de fato as mais de 3.000 palavras por dia???

Eu tento mudar, mas é complicado. Embora eu notasse que às vezes ia contar algo e acabava enjoando da minha própria voz, eu nem havia percebido que fazia isso até minha consciência remota (é. Por sorte eu tenho uma!) me chamar atenção. Toda vez que eu ia responder algo ou contar um fato, essa consciência me chamava atenção. Algo do tipo: "vá direto ao ponto"; "responda só o que te perguntei"; "pare de justificar", só que um pouco menos educado. Já melhorei muito por causa disso, mas ainda me pego falando pelos cotovelos.

Para ser sincera, nem eu suporto gente que não vai direto ao ponto, ou que demora a falar, ou que roda roda, até esquecer o que estava falando... Putz... Percebi que eu não gostaria de conversar comigo.

Fiquei arrasada!

Não sei se serve de consolo, mas não sou só eu. Olha só o comentário infame (hahaha) que achei no blog http://brisasdeumcabeludo.blogspot.com/2009/03/papo-de-muie.html

"Se o grito do Ipiranga tivesse sido feito pela mulher do D. Pedro I, hoje teríamos no mínimo 5 dias desse feriado ao invés de 1, pois ao invés de só gritar: "Independência ou morte", ela teria gritado sobre o namorado da amiga, o vestido da vizinha, sobre o tempo, teria parado pra conversar com a aquela mulher que aparece no quadro, enfim, teria levado muito mais do que apenas um dia para terminar. Dentre outras situações históricas..."

Putz... Sem comentários!

Embora, pra ser franca, também não goste de gente lacônica demais. Ouvi uma vez a história de um cara de tão poucas palavras que até intimidava. Quando perguntaram a ele se não tinha pai, o digníssimo só respondeu: "nem mãe". Ou seja: nem tente puxar assunto, meu chapa!

Assim também não, né?

Por via das dúvidas, acho que vou só escrever a partir de agora...

Dr. Testosterona explica:

Por Dr. Testosterona

Fui convidado a escrever aqui nesse blog com a seguinte missão: “Ser o contraponto masculino, mas no universo feminino”. Então serei o que falta às mulheres como um todo, ou seja, Testosterona.
Sim, o hormônio! Que todos sabemos ter nos homens e não nas mulheres (ou em menor dose, sabe-se lá), mas deixando isso de lado, o importante é que vai ter polêmica e explosividade! Portanto, vamos ao primeiro texto:



O Mundo é Machista.

Sim, cara leitora, o mundo era, é, e deve continuar sendo Machista, por mais que as mulheres ganhem salários iguais, direitos específicos, participem na vida política, elas ainda são vistas como inferiores. Já escutei isso de outros homens, como de exemplo a seguinte frase: “Cara, elas são menores, frágeis e choronas. A evolução já nos mostra que são inferiores”. Pasmem, isso foi dito por um homem casado, escolaridade de nível superior e inteligente. Então o porquê de ainda existirem homens que pensam assim?
Simples, MACHISMO!

O machismo pode ocorrer por alguns motivos, e vou citar alguns deles:
- Medo de perder o seu espaço (seja no trabalho ou em casa como provedor-mor),
- Medo de ser menos que alguém fraco, portanto ele também fraco.
- Medo de qualquer coisa do gênero, tudo gira em torno do medo.

O homem se vê acuado e a única forma de reagir é atacando, sendo machista, se impondo, mandando, agredindo verbal e fisicamente, mas tudo originado do MEDO.

“Ah! Mas meu namorado/marido não é assim!”
Você tem certeza? Você pode saber o que ele realmente acha? Canso de ver casais onde o homem fala a última palavra, decide sobre as coisas, apenas por ser quem no relacionamento é quem ganha mais, e mulheres que não podem decidir nada, pois têm de ligar para o marido/namorado e ver o que ele acha.
As pessoas, nesse tipo de relacionamento, acham que estão tomando decisões em conjunto, mas há uma diferença entre Sintonia e Tirania.
Quando você se depara com algo e deseja comprar/realizar e já sabe o que outro acha, pra quê ligar? Faça! Se para tomar qualquer decisão, você precisa de autorização, ou avisar, será que é Sintonia?

Voltando ao assunto inicial, o MACHISMO, uma das soluções para ele é a sintonia entre as pessoas, o equilíbrio entre machos e fêmeas, onde não haja imposição, agressividade e sim harmonia entre as partes.

O texto parece chover no molhado, mas nos próximos iremos falar mais sobre: Machismo, Feminismo ou qualquer outro assunto que queiram levantar.
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