quinta-feira, 1 de abril de 2010

Olha quem está falando!

Por Ana Raquel

Sábado passado fui comer uma pizza com meu irmão e dois amigos. Quando o garçom estava em nossa mesa, meu irmão me perguntou se eu queria rodízio de pizza ou ia ficar só para fazer companhia, já que eu já tinha jantado. Então eu comecei a falar que, apesar de tudo, eu como bem e não era capaz de recusar uma pizza, já que pizza era pizza, blá blá blá...

Meu irmão ficou me olhando com aquele sorrisinho sacana e me interrompeu no meio do meu super discurso:

"Pô, Quel! É só responder sim ou não!"

Depois de um rápido sim, fechei a boca na hora! Afinal, essa reclamação masculina é recorrente. Porque simplesmente não respondemos o que nos foi perguntado? Porque temos que justificar nossas respostas? Porque temos que fazer uma super introdução para tudo? Porque temos que utilizar de fato as mais de 3.000 palavras por dia???

Eu tento mudar, mas é complicado. Embora eu notasse que às vezes ia contar algo e acabava enjoando da minha própria voz, eu nem havia percebido que fazia isso até minha consciência remota (é. Por sorte eu tenho uma!) me chamar atenção. Toda vez que eu ia responder algo ou contar um fato, essa consciência me chamava atenção. Algo do tipo: "vá direto ao ponto"; "responda só o que te perguntei"; "pare de justificar", só que um pouco menos educado. Já melhorei muito por causa disso, mas ainda me pego falando pelos cotovelos.

Para ser sincera, nem eu suporto gente que não vai direto ao ponto, ou que demora a falar, ou que roda roda, até esquecer o que estava falando... Putz... Percebi que eu não gostaria de conversar comigo.

Fiquei arrasada!

Não sei se serve de consolo, mas não sou só eu. Olha só o comentário infame (hahaha) que achei no blog http://brisasdeumcabeludo.blogspot.com/2009/03/papo-de-muie.html

"Se o grito do Ipiranga tivesse sido feito pela mulher do D. Pedro I, hoje teríamos no mínimo 5 dias desse feriado ao invés de 1, pois ao invés de só gritar: "Independência ou morte", ela teria gritado sobre o namorado da amiga, o vestido da vizinha, sobre o tempo, teria parado pra conversar com a aquela mulher que aparece no quadro, enfim, teria levado muito mais do que apenas um dia para terminar. Dentre outras situações históricas..."

Putz... Sem comentários!

Embora, pra ser franca, também não goste de gente lacônica demais. Ouvi uma vez a história de um cara de tão poucas palavras que até intimidava. Quando perguntaram a ele se não tinha pai, o digníssimo só respondeu: "nem mãe". Ou seja: nem tente puxar assunto, meu chapa!

Assim também não, né?

Por via das dúvidas, acho que vou só escrever a partir de agora...

Um comentário:

Bel disse...

kkkkkkkkkk
Raquel, Jorge disse que vc se baseou em mim para escrever esse texto!
Você é óóóóóteeeeeemaaaaaaaaaaaaaa!!!

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